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Aprendizados de start-ups para grandes corporações

  • Foto do escritor: Insignia Partners
    Insignia Partners
  • 14 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 16 de dez. de 2024



Ao longo das minhas experiências como consultor e empreendedor, ficou cada vez mais claro o papel fundamental da cultura empresarial no desempenho de uma organização. Como diria Mike Tyson: "todo mundo tem um plano até levar um soco na cara". A estratégia é essencial (o "plano"), mas é a cultura e o dia a dia que determinam como as empresas respondem aos "socos" inevitáveis.


Com isso em mente, compartilho 4 aprendizados que grandes corporações podem tirar das start-ups para fortalecer sua cultura empresarial:


1 | Agilidade e adaptação rápida

Start-ups vivem (ou deveriam viver...) de se adaptar rapidamente às mudanças, pois a sobrevivência delas depende disso. Já em grandes corporações, a complexidade e a burocracia frequentemente dificultam a agilidade.

Um bom exemplo é o Google, que apesar de ser uma gigante, conseguiu criar iniciativas como o Google X (hoje Alphabet's X) – um laboratório focado em inovações disruptivas, separado do "business as usual". Áreas assim podem se mover rápido e testar novas ideias sem o peso da burocracia.

O que eu vi funcionar: Criar áreas de inovação com autonomia protegidas da burocracia corporativa. Mas com o risco da “síndrome do patinho feio”, onde essas áreas são isoladas pela organização, que sentem "inveja" de não fazer parte da "novidade".

 

2 | Cultura de inovação contínua

Start-ups saudáveis premiam experimentação e aprendizado, mesmo diante de riscos. Em contraste, grandes corporações muitas vezes penalizam erros e priorizam quem joga "seguro".

Um bom exemplo é a Amazon, que incentiva o "day 1 mindset" – a ideia de agir como uma empresa em seu primeiro dia, sempre experimentando. Jeff Bezos dizia: “Failure and invention are inseparable twins” (falha e invenção são gêmeos inseparáveis).

Dica: Pergunte “o que você aprendeu?” em vez de “o que deu errado?”. Recompense os aprendizados e crie um ambiente que encoraje riscos calculados.

 

3 | Estrutura horizontal e líderes “mão na massa”

No início, uma start-up não pode se dar ao luxo de empilhar hierarquias. Os líderes precisam saber o que seus times fazem, para alocar recursos adequadamente e remover obstáculos.

Um exemplo interessante é o Airbnb em seus primeiros anos: seus fundadores assumiam tarefas operacionais como atendimento ao cliente, entendendo os desafios diretamente da linha de frente. Isso ajudou a moldar uma cultura prática e ágil que persiste até hoje.

Dica: Reduza reuniões desnecessárias, simplifique relatórios e incentive líderes a serem “mão na massa”. Líderes conectados à execução são mais eficazes em resolver problemas e motivar times.

 

4 | Missão e propósito claros

Start-ups geralmente nascem para resolver um problema específico, o que cria um senso de propósito natural. Em grandes corporações, é necessário esforço constante para reforçar a missão e conectar os colaboradores a ela.

Um exemplo notável é a Patagonia, que sempre reforçou seu propósito de sustentabilidade ambiental. Esse propósito claro não só engaja colaboradores, mas também atrai clientes que compartilham os mesmos valores.

O que eu vi funcionar: Reforçar continuamente a missão e conectá-la aos objetivos diários dos colaboradores. Propósito, somado a boa remuneração e clima organizacional, é uma fórmula poderosa para engajamento.



Entre em contato conosco através de contato@insigniapartners.com.br se quiser discutir mais sobre a importância da cultura em uma organização.



 


Bruno Bullio

Associate Partner


Bruno tem 15 anos de experiência em consultoria estratégica com foco em varejo e bens de consumo, com atuação no Brasil e na América Latina.


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